quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Se todos somos iguais mas diferentes porque queremos ser tão impiedosamente únicos?! Uma das características da unicidade é rodear-se de iguais e diferentes, sendo só. Nem uns nem outros nos entendem, porque somos sempre sós em nós mesmos; nada do que sentimos, vemos ou fazemos é igual aos outros, mas nisto também não queremos ser diferentes nem sós.
A verdadeira dicotomia da igualdade/diferença está em sermos o hiato, por vezes o hífen, e sempre o meio que, não é igual nem diferente, é Individual.

2 comentários:

Ricky Jaffin disse...

Por isso concordo com a Sara Tavares quando ela pede "Deixa-me ser só o ser."

Se por acaso for diferente, serei. Se for idêntico, que seja.
Agora que não vou fazer um esforço para o ser, não vou :)

alfredo nogueira disse...

Bem vinda à blogosfera.

Somos naturalmente únicos e ainda bem, e simultâneamente muito iguais a todos os outros. É neste jogo entre o EU e o NÓS que se tece a sociabilidade.

Porque queremos ser tão impiedosamente únicos? Talvez porque, cada vez mais, estejamos conscientes de que somos seres unidimensionais (O Homem Unidimensional, Herbert Marcuse), embora, bem lá no fundo, como dizes, estamos inexoravelmente sós. Mas a consciência disto não é para todos. Ainda bem para eles.